Medicina tribal

Nas culturas indígenas de todo o mundo e na maioria dos outros sistemas de medicina tradicional, como o chinês e o ayurvédico, o mal-estar é visto como uma consequência de desequilíbrios energéticos que se acumulam e, com o tempo, se materializam no corpo como doença física. No sistema de Medicina Tribal no Brasil, eles referem-se muito ao termo "Panema", que é definido como uma condição geral de literalmente "mal-estar", uma acumulação de energias negativas que armazenamos nos nossos corpos subtis e que nos faz adoecer ou complica o fluxo da vida em geral. Estas energias provêm de situações quotidianas como o stress, as dificuldades, as discussões, as emoções negativas geradas por nós próprios ou os pensamentos negativos projectados sobre nós pelos outros, como a inveja, o rancor ou o chamado mau-olhado. Isto leva-nos, na sua cultura, ao reino da magia, das maldições conscientementeou inconscientemente projectadas na nossa direção.
Na floresta, as pessoas têm um vasto conhecimento de ervas, alimentos e práticas para doenças muito específicas, mas os seus medicamentos espirituais tradicionais servem sobretudo para aliviar o Panema. São medicamentos como o rapé sagrado, a sananga, o kambo, o tabaco e a ayahuasca. Também usam incensos e banhos de ervas para limpar as energias negativas e restaurar o equilíbrio.